Trabalhadores nas ind�strias de Mato Grosso do Sul, que rejeitaram as propostas da FIEMS (Federa��o das Ind�strias de MS), de redu��o salarial em 25% e de forma��o de banco de horas, querem a participa��o do Estado e dos munic�pios (atrav�s a Assomasul) na reuni�o de segunda-feira (9) no Tribunal Regional do Trabalho �TRT, com dirigentes da federa��o e desembargadores do tribunal, para discutir mecanismos de combate � crise, que j� estaria atingindo alguns segmentos no Estado.
Nesse encontro, trabalhadores representados pelas centrais sindicais: For�a Sindical, CUT (Central �nica do Trabalhador), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil); o FST/MS (F�rum Sindical dos Trabalhadores de MS); as federa��es: FTI/MS (Federa��o dos Trabalhadores nas Ind�strias) e FTIA/MS (Federa��o dos Trabalhadores nas Ind�strias de Alimenta��o de MS) e por diversos sindicatos, v�o encaminhar documento ao presidente do TRT, desembargador Ricardo Geraldo Monteiro Zandona, que estar� presidindo o encontro, reafirmando sua inten��o de discutir sim a crise, mas n�o com a pauta da FIEMS, com outra que seja elaborada por todos, sem prever redu��o salarial ou forma��o de banco de horas.
O documento foi elaborado por essas representa��es sindicais durante reuni�o no Minist�rio P�blico do Trabalho na quarta-feira, intermediada pelo Procurador do Trabalho C�cero Rufino Pereira. Nele, as lideran�as ressaltam que no primeiro encontro no TRT (dia 2), com a presen�a da FIEMS, foram convidados apenas dois sindicatos, que n�o representam todo segmento laboral do setor industrial. Al�m disso, entendem tamb�m, que uma discuss�o dessa natureza deve contar com outros setores que certamente seriam atingidos por eventual crise, como o do com�rcio, prestadores de servi�os e constru��o civil entre outros.
Os sindicalistas v�o pedir tamb�m que essa discuss�o n�o seja mediada pelo TRT e sim pelas pr�prias categorias patronal e dos empregados. De qualquer forma, na segunda-feira (9) haver� uma presen�a maci�a de lideran�as sindicais que pretende colaborar com id�ias e sugest�es para evitar o desemprego no Estado, garantiu Idemar da Mota Lima, presidente da For�a Sindical Mato Grosso do Sul.
Idelmar diz que a FIEMS dever apresentar a rela��o das empresas que por ventura estejam enfrentando dificuldades, para que seja estudada por todos que passariam ent�o a buscar solu��es. Sua sugest�o encontra respaldo nas demais entidades de classe como a CUT, cujo presidente, Alexandre Costa foi mais al�m, citou que no Estado do Amazonas, o Governo est� subsidiando energia el�trica para as empresas n�o demitirem trabalhadores. �Entendemos que o Governo de Mato Grosso do Sul e as prefeituras tamb�m podem colaborar�, comentou.
O coordenador geral do FST/MS, Jos� Lucas da Silva, informou que faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico de Campo Grande e que por isso tem o conhecimento de que o munic�pio d� incentivos fiscais e qualifica o trabalhador para atuar nas empresas que aqui se instalam. �Essas empresas recebem isen��o tempor�ria de IPTU; recebem terrenos para se instalarem e at� terraplanagem. S�o ajudas importantes que diminuem custos e n�o justificam demiss�o de empregados�,comentou.
O presidente da CGTB, Samuel da Silva Freitas, informou que em 2003 o setor em que atua como l�der sindical, a ind�stria da constru��o civil, passou pela sua pior crise dos �ltimos anos e nem por isso houve redu��o salarial dos empregados. Ele n�o tem d�vida de que hoje a situa��o n�o � diferente para os demais segmentos da ind�stria.
�� poss�vel encontrarmos solu��es sem termos que apelar para demiss�es ou redu��o salarial�, comentou Jos� Roberto Silva, presidente da Federa��o dos Trabalhadores nas Ind�strias de Mato Grosso do Sul. Para ele, vai depender muito da boa vontade de todos, e principalmente dos empres�rios em contar com os empregados como verdadeiros aliados nesse momento delicado de nossa economia.
J� o presidente da Federa��o dos Trabalhadores na Ind�stria de Alimenta��o de MS, Vilson Gimenes acredita que algumas ind�strias podem querer tirar proveito da crise internacional e que tamb�m atinge o Brasil, �mas n�o de maneira grave. A n�o ser alguns setores espec�ficos diretamente relacionados � exporta��o�, diz ele. Por isso ele recomenda �muita cautela e vigil�ncia de todos para que n�o haja irregularidade em qualquer processo de desenvolvimento da atividade econ�mica no Estado�.
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