Trabalhadores do setor industrial rejeitaram o pacto intersindical pelo emprego, proposto pela Federa��o das Ind�strias de Mato Grosso do Sul (FIEMS), que previa a forma��o do banco de horas e a redu��o salarial em 25% e da jornada de trabalho na mesma propor��o. A decis�o, tomada por unanimidade por sindicatos, federa��es e centrais sindicais, foi apresentada hoje pela manh� durante a segunda e �ltima reuni�o no Tribunal Regional do Trabalho da 24� Regi�o, que procurou intermediar o assunto a pedido da FIEMS.
As negocia��es, a partir de agora, ser�o setorizadas, ou seja, entre a federa��o patronal e sindicatos e federa��es espec�ficos de cada segmento da ind�stria. O presidente da FIEMS, S�rgio Longen mostrou-se aborrecido com a decis�o dos trabalhadores de n�o fecharem um acordo geral preventivo � crise que certamente, segundo ele, j� estaria se instalando no Estado.
Durante a reuni�o nesta manh�, que come�ou �s 9 horas, presidida pelo desembargador Ricardo Zandona, presidente do TRT/MS, a entidade patronal foi criticada por diversos sindicatos e federa��es de trabalhadores por nunca ter concedido qualquer benef�cio ao trabalhador, nos tempos de �vaca gorda�, que n�o estivessem estritamente previstos na CLT. �A FIEMS nunca negociou qualquer benef�cio ao trabalhador que n�o estivesse previsto em lei�, criticou Jos� Roberto Silva, presidente da Federa��o dos Trabalhadores nas Ind�strias de Mato Grosso do Sul � FTI/MS.
A sindicalista Maria Ala�de dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Ind�stria do Vestu�rio tamb�m teceu duras cr�ticas � classe patronal. Segundo ela, o piso salarial do setor � de R$ 460,00, abaixo do novo m�nimo, hoje fixado em R$ 465,00. �Como podemos falar em redu��o salarial em 25% se a federa��o nunca concedeu aumento real al�m da reposi��o da infla��o acumulada no ano?�. Al�m disso, segundo ela, o setor de confec��o em MS est� bem aquecido. �N�o temos crise nesse nessa �rea. Pelo contr�rio, estamos crescendo�, comentou.
Apesar de n�o aceitarem o pacto intersindical, as lideran�as de sindicatos, federa��es e centrais sindicais prometem continuar o trabalho come�ado pelo TRT e criar uma �esp�cie� de C�mara Setorial para acompanhar o desempenho da ind�stria local, com a participa��o e apoio do Estado e prefeituras. Caso seja necess�ria a interven��o em alguma �rea em que por ventura empres�rios estejam querendo se aproveitar de uma falsa crise, os sindicalistas v�o intervir e denunciar.
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil � CGTB, Samuel da Silva Freitas; da For�a Sindical, Idelmar da Mota Lima e da Central �nica do Trabalhador � CUT, Alexandre Costa, querem manter a uni�o das entidades na luta pelos interesses dos trabalhadores, combatendo principalmente o desemprego. Eles resolveram reunir as lideran�as sindicais na quarta-feira (11) �s 14 horas na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Constru��o Civil de Campo Grande (Rua Maracaju, 878) para discutir o rumo que dever�o dar na continuidade dessa luta que n�o termina hoje pelo movimento sindical.
As Conven��es Coletivas de Trabalho fechadas por sindicatos e federa��es de trabalhadores, com a FIEMS, come�am a partir desta semana. Algumas delas t�m data base j� em 1� de abril.
Entre os presentes � reuni�o de hoje, estavam os sindicalistas: Jos� Lucas da Silva, presidente da Federa��o Interestadual de Trabalhadores na Movimenta��o de Mercadorias � Feintramag e coordenador geral do FST/MS (F�rum Sindical dos Trabalhadores de MS); Rinaldo Salom�o, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Ind�stria de Alimenta��o de Campo Grande regi�o; Vilson Guimenes, presidente da Federa��o dos Trabalhadores na Ind�stria de Alimenta��o de Mato Grosso do Sul � FTIA/MS; Oviedo Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Ind�stria da Fabrica��o do A��car e do �lcool de Rio Brilhante e regi�o; Estev�o Rocha, vice-presidente da For�a Sindical e Paulo Benites, diretor da For�a Sindical.
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