A For�a Sindical Mato Grosso do Sul realizou na semana passada ato p�blico em Campo Grande e Dourados pela redu��o de jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redu��o dos sal�rios e contra as demiss�es principalmente no setor industrial. Nas duas cidades o ato est� sendo realizado desde as 8 horas na �rea central. Lideran�as sindicais est�o entregando panfletos para a comunidade alusivos a essas duas propostas. Manifesta��es semelhantes est�o acontecendo simultaneamente na maioria dos Estados brasileiros neste dia 14.
Em Campo Grande os trabalhos est�o sendo coordenados pelo presidente da central sindical, Idelmar da Mota Lima. Entre dezenas de sindicalistas presentes est�o: Jos� Lucas da Silva, diretor da For�a Sindical e presidente da Feintramag (Federa��o Interesadual de Trabalhadores na Movimenta��o de Mercadorias de MT e MS), Estev�o Rocha, vice-presidente da For�a MS; Paulo Benites, diretor da For�a e presidente do Sindicato dos Instrutores de Tr�nsito de Campo Grande; Maria das Dores Rocha, diretora da central e presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcion�rios Municipais de Campo Grande).
Em Dourados, a entrega de panfletos na �rea central est� sendo coordenada por Pedro Lima, presidente do Sindicato dos Empregados no Com�rcio de Dourados. Os trabalhos, nas duas cidades, segundo Idelmar, dever� encerrar ao meio dia. "Essa proposta de redu��o da jornada m�xima de trabalho no pa�s, de 44 para 40 horas, sem corte nos sal�rios, ganha for�a no Congresso Nacional e alimenta a esperan�a do trabalhador brasileiro de alcan�ar essa grande conquista", afirma o sindicalista.
Idelmar informou tamb�m que todas as centrais sindicais est�o unidas com esse mesmo prop�sito: redu��o de jornada para 40 horas semanais, sem redu��o de sal�rio e combate � crise econ�mica, especialmente n�o �s demiss�es.
"Cresce tamb�m a cada dia a conscientiza��o das autoridades, especialmente dos parlamentares, da import�ncia dessa proposta (redu��o de jornada) tanto para gera��o de novos empregos como de melhoria da qualidade de vida de nossos trabalhadores", afirma Jos� Lucas da Silva, que tem acompanhado em Bras�lia toda movimenta��o em torno dessa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, dos senadores Paulo Paim (PT/RS) e In�cio Arruda (PCdoB/CE).
A PEC 231/95, segundo Jos� Lucas, tamb�m prev� o aumento do valor da hora extra de 50% do valor normal para 75%, mas mant�m as demais regras contidas na Constitui��o Federal: jornada di�ria m�xima de oito horas e possibilidade de compensa��o de hor�rios e de redu��o de jornada mediante acordo ou conven��o coletiva de trabalho.
De acordo com Pedro Lima, de Dourados, ultimamente o assunto tem sido bastante discutido n�o s� pelo legislativo mas tamb�m pelo pr�prio Governo, que tem participado de audi�ncias p�blicas. A igreja, atrav�s da CNBB tamb�m j� demonstrou simpatia � proposta, formalizando apoio � redu��o da jornada para 40 horas semanais.
Para Estev�o Rocha, a medida, al�m de garantir melhores condi��es de vida para o trabalhador brasileiro, vai fazer diminuir o risco de acidentes de trabalho e mol�stias funcionais. "Isto sem contar com as in�meras oportunidades de novos empregos", comenta lembrando que a redu��o de jornada de trabalho, na realidade, vem sendo discutida h� mais de 15 anos no Brasil. Ele n�o tem d�vida de que chegou, de fato, o momento apropriado para finalmente aprovar essa id�ia.
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