A jornada de 44 horas semanais de trabalho est� com os dias contados, pois dever� ser aprovado pelo Congresso Nacional a redu��o para 40 horas, provavelmente ainda este ano. A estimativa � de Jos� Lucas da Silva, coordenador geral do FST/MS (F�rum Sindical dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, organismo que re�ne dezenas de sindicatos e federa��es no Estado).
A 6� Marcha para Bras�lia, que reuniu mais de 50 mil sindicalistas de todo o Brasil � uma caravana partiu de MS com mais de 200 sindicalistas em 5 �nibus � na semana passada (11) �foi uma demonstra��o de for�a do movimento sindical brasileiro�, garante Jos� Lucas, dizendo ainda que isso tamb�m tem �pesado� politicamente em Bras�lia, para que o projeto da redu��o de jornada ganhe cada vez mais apoio.
A marcha foi organizada pelas centrais sindicais (For�a Sindical, CUT, NCST, UGT, CGTB e CTB). Os trabalhadores sa�ram a p� do Est�dio Man� Garrincha e caminharam at� o Congresso Nacional, onde foi realizado ato pol�tico.
Jos� Lucas explicou sobre o �momento pol�tico� para se aprovar essa redu��o de jornada: �Ano que vem teremos elei��es para C�mara Federal e governo dos Estados e do Brasil, e certamente aqueles parlamentares que se voltarem contra essa vontade da maioria absoluta dos trabalhadores brasileiros, certamente ser�o lembrados durante a campanha eleitoral�, comentou. Ele garantiu que as entidades sindicais est�o pregando a promo��o de verdadeiras campanhas contra aqueles que forem contra a redu��o de jornada.
O sindicalista faz quest�o tamb�m de dizer que n�o se trata de um movimento irrespons�vel. �N�o queremos reduzir por reduzir. Existem estudos s�rios, feitos com muito crit�rio, que comprovam a necessidade e import�ncia do turno de 40 horas de trabalho para a maioria dos trabalhadores brasileiros. �Est� provado tamb�m que os empres�rios n�o perder�o como alegam�, comentou.
Do ponto de vista social, segundo o coordenador do FST/MS, reduzir a jornada de 44 para 40 horas semanais produz os seguintes efeitos:
. Cria 2 milh�es de postos de trabalho e permite a inclus�o social e produtiva de jovens e desempregados;
. Dignifica e humaniza as rela��es de trabalho;
. Melhora a qualidade de vida do trabalhador, que ter� mais tempo para a fam�lia, para o lazer, para o estudo, forma��o e qualifica��o profissional;
. Reduz o n�mero de acidentes e das doen�as profissionais (estresse, depress�o e les�es por atividade repetitiva, entre outras).
J� sob a �tica econ�mica a redu��o, segundo Lucas, tamb�m traz benef�cios, considerando-se que:
. A economia esteve at� o final de 2008 em franca expans�o;
. Os ganhos de produtividade, decorrentes de inova��es tecnol�gicas e organizacionais, t�m crescido mais do que os sal�rios, sendo que de 2004 at� 2008 chegou a 23%;
. O c�mbio vem favorecendo a moderniza��o do parque produtivo das empresas, com a aquisi��o de m�quinas e equipamentos de baixo custo;
. A contrata��o de pessoal e os aumentos salariais n�o t�m acompanhado o aumento da produ��o e da produtividade, o que significa mais lucros para as ampresas;
. A redu��o da jornada contribui para o aumento da produtividade, j� que o trabalhador exerce seu of�cio mais motivado, com mais aten��o, concentra��o e com menos desgaste;
. A redu��o de jornada tamb�m evita despesa com manuten��o e conserto de equipamentos decorrentes da fadiga e do cansa�o do trabalhador;
. A m�dia de participa��o do sal�rio nos custos totais de produ��o � inferior a 20%. A redu��o da jornada representaria menos de 2% , e ocorreria apenas uma vez;
. Houve desonera��o em v�rios setores da atividade produtiva e redu��o de tributos com o fim da CPMF, sem redu��o de pre�os;
. As empresas podem perfeitamente arcar com a redu��o da jornada de 44 para 40 horas semanais.
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