DIAP - Empres�rios dizem temer que as elei��es de 2010 contaminem negocia��o entre patr�es e empregados. Este � um argumento falacioso, na verdade eles s�o contra a redu��o da jornada
Empres�rios da ind�stria e do com�rcio peregrinaram pela C�mara, nesta ter�a-feira (23), pedindo o adiamento para 2011 da discuss�o e vota��o da Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) 231/95, que reduz a carga de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
A PEC est� pronta para vota��o no plen�rio, em primeiro turno, e tem o apoio do movimento sindical - que, nas �ltimas semanas, v�m pressionando os deputados a vot�-la o mais rapidamente poss�vel.
J� os empres�rios dizem temer que as elei��es de 2010 contaminem a negocia��o entre patr�es e empregados. O que na verdade � uma fal�cia, pois n�o se trata de temeridade, mas sim porque s�o contra a redu��o da jornada de trabalho.
� frente de um grupo de dezenas de empres�rios, o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), deputado Armando Monteiro (PTB/PE), se reuniu com l�deres partid�rios e com o presidente da C�mara, Michel Temer (PMDB/SP).
De acordo com Monteiro, o setor mal se recuperou da crise financeira mundial e n�o tem condi��es de arcar com os custos da redu��o da jornada de trabalho.
"A posi��o da CNI � contr�ria a qualquer negocia��o dessa quest�o neste momento. O Brasil est� saindo de uma crise e ainda h� muitas incertezas no ambiente externo. N�s perdemos empregos na ind�stria fortemente no �ltimo ano e, antes de nos recuperarmos, n�o pode ser imposto um aumento nos custos de produ��o. Isso, ao final, vai ser cobrado do pr�prio trabalhador, por meio do aumento de custo dos produtos", afirmou o deputado.
Efeitos
A Confedera��o Nacional das Associa��es Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) tamb�m marcou presen�a contra a PEC. O novo presidente da entidade, Jos� Paulo Cairoli, afirmou que, ao contr�rio do que dizem os sindicalistas, a redu��o da jornada vai aumentar o desemprego e a informalidade no mercado de trabalho.
Por enquanto, Cairoli tamb�m � contra a proposta intermedi�ria, apresentada por Michel Temer, de ado��o de 42 horas semanais. "N�s temos de viabilizar uma f�rmula melhor para que se consiga competir no mercado internacional", ressaltou.
Segundo ele, a discuss�o sobre o assunto pode ocorrer a partir de 2011, mas n�o agora.
A confedera��o re�ne 4 mil associa��es comerciais que representam 2 milh�es de empresas. A exemplo do que fez a CNI, Cairoli pretende organizar uma agenda de mobiliza��o para convencer os parlamentares a adiar o debate para o pr�ximo ano.
Centrais querem aprova��o
A For�a Sindical fez manifesta��es nos corredores da C�mara para pressionar os parlamentares a aprovar a jornada de trabalho de 40 horas semanais.
No in�cio deste m�s, l�deres sindicais, como os presidentes da CUT, Artur Henrique; e da For�a Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), pediram a vota��o da proposta ao presidente Michel Temer. Na ocasi�o, Temer prop�s aos sindicatos a redu��o de 44 para 42 horas. (Com Ag�ncia C�mara)
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