05/04/2010 - Terceiriza��o e morte no trabalho: um olhar sobre o setor el�trico brasileiro
 
Estudo realizado pela rede eletricit�rios do DIEESE mostra que mais da metade da for�a de trabalho do setor el�trico do pa�s � terceirizada, e a incid�ncia de mortes no trabalho para os terceirizados chega a ser quatro vezes e meia maior do que para os trabalhadores pr�prios.
 

Estudo realizado pela rede eletricit�rios do DIEESE mostra que mais da metade da for�a de trabalho do setor el�trico do pa�s � terceirizada, e a incid�ncia de mortes no trabalho para os terceirizados chega a ser quatro vezes e meia maior do que para os trabalhadores pr�prios. O trabalho tomou como base os dados da Funda��o Coge, uma entidade que re�ne 64 empresas respons�veis por 90% da energia produzida no pa�s. Ainda de acordo com o estudo, o segmento contava, em 2008, com 227,8 mil trabalhadores, dos quais 126,3 mil eram terceirizados, o que correspondia a 55,5% da for�a de trabalho do setor.

Quando s�o consideradas apenas as empresas que informaram � Funda��o Coge seu n�vel de terceiriza��o, o percentual sobe para 58,3% da for�a de trabalho em 2008. Quando analisadas apenas as distribuidoras, o contingente de trabalhadores terceirizados foi superior, na casa dos 59,9%, enquanto nas empresas que desempenhavam atividades de gera��o, transmiss�o e outras, o �ndice de terceiriza��o foi mais baixo (52,6%), mas ainda superior � metade da for�a de trabalho.

Em 2008, a taxa de mortalidade da for�a de trabalho do setor el�trico foi de 32,9 mortes por grupo de 100 mil trabalhadores. Naquele ano, a an�lise segmentada da for�a de trabalho revelou uma taxa de mortalidade 3,21 vezes superior entre os trabalhadores terceirizados em rela��o ao verificado para o quadro pr�prio. A taxa ficou em 47,5 para os terceirizados contra 14,8 para os trabalhadores do quadro pr�prio das empresas.

Entre as conclus�es do estudo destacam-se o n�vel de terceiriza��o do setor el�trico, na casa dos 58,3% da for�a de trabalho, e o resultado obtido com a apura��o das taxas de mortalidade por acidente de trabalho, que se mostraram substancialmente mais elevadas entre os terceirizados do que as apuradas para o segmento pr�prio. O resultado permitiu concluir que existe maior risco de morte associado ao segmento terceirizado da for�a de trabalho.