DIAP - Reunidos ontem (2) no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia, governo e sindicalistas recuaram em suas posi��es na busca de um acordo em torno do novo sal�rio m�nimo. Depois de negar que houvesse estudos no Planalto para corrigir a tabela do Imposto de Renda da Pessoa F�sica (IRPF), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, acenou com um reajuste.
Segundo o deputado federal e presidente da For�a Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), "s� depende de discutir qual o valor". As centrais querem que as faixas de recolhimento do IR sejam elevadas em 6,46%. Elas alegam que, congelada, a tabela da Receita Federal est� retirando dos trabalhadores os ganhos salariais conquistados no ano passado.
Na semana passada, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, disse que a tend�ncia era uma corre��o de 4,5%, e Mantega negou que houvesse estudos a respeito, mas a pr�pria presidente Dilma Rousseff confirmou a possibilidade.
N�o foi s� Mantega que mudou de posi��o. Paulinho admitiu que, para garantir um m�nimo maior, aceitaria antecipar parte do reajuste programado para 2012. "N�s, da For�a Sindical, topar�amos fazer um acordo para os dois anos (2011 e 2012)", disse. "Poderia ser uma parte de antecipa��o, mas tem de ter aumento real".
No final do ano passado, o governo havia sugerido essa f�rmula, mas as centrais se colocaram contra. Na �poca, Paulinho ironizou a proposta. "Isso parece um pouco Casas Bahia, essa coisa de parcelar".
Nos bastidores, o governo j� admite que o m�nimo dever� ficar em R$ 550 e a tabela ser� corrigida em 4,5%. Essas decis�es, por�m, n�o ser�o tomadas agora. Elas ir�o � mesa de negocia��o conforme o tema evoluir no Congresso Nacional.
Mantega e Carvalho iniciaram ontem conversas pr�vias � reuni�o do governo com centrais sindicais marcada para sexta-feira (4), em S�o Paulo. Os ministros fizeram um apelo para que os representantes dos trabalhadores aceitem o m�nimo de R$ 545.
Paulinho contou que, durante o encontro, Mantega brincou: "Ele disse que, com o contingenciamento, a �nica coisa que pode dar, ultimamente, � bala." O ministro sempre tem consigo as guloseimas.
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